O DESCAMINHOS DO OURO: SOBRE A GEO HISTORIA DA ZONA DA MATA
Essa região no período colonial (século XVIII) fora conhecida como Sertões do Leste das Áreas Proibidas, até então uma vasta e inóspita extensão de mata contínua, habitada por índios e animais selvagens, que serviam aos interesses da Coroa Portuguesa como uma verdadeira “barreira verde”, pois tinha como intuito dificultar e/ou impossibilitar o contrabando do ouro colonial. Para transpor essas Áreas, contrabandistas utilizam as trilhas e picadas indígenas, a geografia natural dos leitos dos rios e montanhas para “descaminhar” o ouro das Minas Gerais para o Rio de Janeiro, estabelecendo possivelmente alianças comerciais com os habitantes locais, em busca de apoio, proteção, esconderijo, alimentação….
Assim, configurava-se como uma rota alternativa à Estrada Real, servindo ao descaminho do ouro.
Com intuito de coibir as atividades ilegais na capitania das Minas Gerais, a Coroa Portuguesa, formou expedições militares desbravando os Caminhos Proibidos, catalogados como: Limite de Fiscalização de Cunha Menezes, Estrada para a região aurífera, Estrada de Langsdorff, Estrada para Macuco, Estrada para Louriçal, Rota do Porto e Estrada do Rio Cágado.
Nestes caminhos as figuras destacadas, de Padre Manoel de Jesus Maria (catequista dos índios e formador das capelas), o famigerado bandoleiro e contrabandista “Mao de Luva” e Tiradentes (Alferes Joaquim Jose da Silva Xavier engenheiro responsável pelos levantamentos mineralógicos e traçar os caminhos).
Os Descaminhos do Ouro são rotas históricas que influenciam até os dias de hoje nos traçados de vários municípios da Zona da Mata Mineira, onde a localização das cidades, bem como toponímias e mesmo a organização de seus sítios urbanos ainda revelam presença do traçado original dos descaminhos, o que mostra a importância dos mesmos.

A ROTEIRIZAÇÃO REGIONAL
A IGR Circuito Caminhos Verdes de Minas no ano de 2018, iniciou o projeto de roteirização turística regional denominado “Descaminhos do Ouro”, os caminhos proibidos da Zona da Mata Mineira, tendo como referência e temática a geo-história e a colonização dessa região mineira, no período colonial inserindo no contexto do Turismo.
Em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV/MG), e a Fundação Arthur Bernardes (FUNARBE) desenvolveram o levantamento bibliográfico geo-histórico junto a trabalhos de campo, aglutinando as similaridades que conectam os municípios dessa região turística.
E juntamente com as Prefeituras associadas, parceiros institucionais, da rede de negócios e representantes locais, trabalham a estruturação da rota histórica como uma nova oportunidade de formação de um destino turístico regionalizado.
Possui como objetivos destacados:
- Promover o resgate histórico cultural, ambiental;
- A fomentação turística regionalizada e inserida no contexto da identidade mineira;
- A valorização e desenvolvimento local de comunidades envolvidas pelo projeto.
- Ser essencialmente rural e voltada ao ambiente natural, proporcionando opções diversas ao público, como o cicloturismo, caminhadas, vivências.
CICLOTURISMO NO DESCAMINHOS DO OURO
O cicloturismo vem ser a primeira modalidade a ser explorada na rota histórica, apresentando a Ciclorrota Descaminhos do Ouro, através de um site exclusivo, contendo a narrativa do tema explorado, as orientações e dados técnicos, conectando a história, cultura, esportes e modernidade, a esta nova experiência.
ACESSE O SITE
Acompanhe nossas redes sociais
